A FALA NA INFÂNCIA



As crianças de 1 ano e meio a 3 anos e meio estão numa fase muito especial! Elas estão naquela idade em que, depois de muito observar o adulto e responder com gestos, choros, risadinhas e vocalizações, chegou a hora de falar!
Começando por “mama”, “papa”, dentre outras, por volta de um ano de idade e prosseguindo pra muitas outras, a grande explosão de palavras  acontece de uma hora pra outra. E não é que começam a imitar de tudo que falamos?
Aos poucos, a fala da criança vai ficando cada vez mais próxima da fala do adulto, e isso muito se deve ao retorno que damos aos pequenos. É importante mostrar, às vezes, que não deu pra entender o que falaram para, a partir disso, tentarem modificar sua fala. Em outros momentos, também é importante mostrar que entendemos o que disseram:
Criança: Abovêti. 
Adulto: É, acabou o sorvete.
               
O que está ao redor nos ajuda muito a entender a fala das crianças, mas em um dado momento elas virão contando algo que aconteceu em outro momento, na escola, por exemplo, pequenos relatos, e então podemos usar um outro recurso para que ocorra o diálogo, perguntar dando “dicas”. Por exemplo:
Criança: Tava.
Professor: Onde você estava?
Criança: Foi casa vovó.
Professor: O papai ficou lá com você?
Criança: Papai fico não.

Mesmo sem jogos ou atividades específicas, o simples ato de conversar de modo afetuoso com a criança já representa por si só verdadeiro jogo lingüístico, desde que realmente se estabeleça um “diálogo” e não uma postura passiva por parte da criança.
E lembre-se! Mesmo não falando como um adulto, a criança pequena e mesmo o bebê escuta e entende aquilo que falamos. Entendem mais do que falam.
“Falar” com a criança é bem menos importante do que “conversar” com ela, pois é a sua participação que permite que ocorra verdadeiramente o “ jogo”. Quem joga, joga com alguém e não há jogo se um apenas ouve o que o outro tem a dizer.
Falemos menos os “é” ou “não é” o “pode” ou “não pode” e mais o “por que?” “como?”.    
Janaina Venezian

Comentários

  1. Nossa, que interessante! Super importante para pais e para nós que trabalhamos com crianças!

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